A evolução da vida

As idéias mais consistentes sobre a evolução dos seres vivos foram propostas pelos naturalistas ingleses Charles Darwin (1809-1882) e Alfred Russel Wallace (1823-1913), em um trabalho conjunto apresentado na reunião da Linnean Society de 1º de julho de 1858. Em 1859 Charles Darwin publicou um livro sobre a origem das especies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela sobrevivência, nesse livro, Darwin lançou as bases da teoria evolucionista. T ambém chamada de evolucionismo, essa teoria trouxe mudanças radicais no pensamento científico, permitindo compreender nossa relação de parentesco com as outras espécies biológicas. Segundo a teoria evolucionista, à medida que a terra era colonizada pelos primeiros seres vivos, as espécies se diversificavam, originando outras. Esse processo teve início com os primeiros seres vivos, há mais de 3,5 bilhões de anos, e continua até nossos dias.
•Adaptação
Adaptação é o ajustamento que todo organismo apresenta em relação ao ambiente que vive. A teoria do evolucionismo explica a adaptação da seguinte maneira: os indivíduos de uma população apresenta diferenças genéticas entre si; portadores de caracteristicas adaptativas tendem a ter mais chances de sobreviver e deixar descendentes, o que Darwin denominou seleção natural e Wallace, sobrevivência dos mais aptos.
•Fósseis
Fósséis são restos ou vestígios de seres que viveram em épocas remotas. Os fósseis podem ser de diversos tipos: esqueletos, dentes, pegadas impressas emm rochas, ossos, feses pretificadas, animais conservado no gelo etc. Fósseis constituem o mais forte argumento a favor da teoria de que nosso planeta já foi habitado por seres diferentes dos que existem hoje, dos quais os seres atuais descendem evolutivamente.
•Evidências anatômicas da evolução
Certas espécies apresentam estruturas corporais com organização anatômica bastante semelhante, apesar de desempenhar funções diferentes. De acordo com o evolucionismo, a explicação para essas semelhanças é que todos os animais mencionados descendem de uma mesma espécie ancestral que viveu em um passado remoto, na qual herdaram o padrão de estrutura óssea. Estruturas corporais ou órgãos que se desenvolvem de modo semelhante em embriões de determinadas espécies, são denominados órgãos homólogos. Determinados órgãos que desempenham a mesma função em certas espécies podem ter origens embrionarias completamente diferentes. É o caso das asas das aves e de incetos. Nesse caso, fala-se em órgãos análogos. As funções diferentes que órgãos homólogos podem ter, por sua vez, são explicadas pelo fato de as espécies terem se diversificado ao longo da evolução, ou seja, cada uma ter desenvolvido um modo de vida paticular. Assim, devido à adaptação, órgãos de origem semelhante podem ter se diversificado quanto à função. Essa diversificação de órgãos homólogos, decorrente da adaptação a modos de vida diferentes, é denominada divergência evolutiva.
•Evidências moleculares da evolução
As modernas técnicas de análise bioquímica têm revelado grande semelhança entre a estrutura molecular de diversos organismos. por exemplo, as proteínas são os constituintes fundamentais de qualquer ser vivo, e todas as formas de vida atuais têm proteínas formadas pelos mesmos vinte tipos de aminoácido. A análise comparativa de proteínas e de ácidos nucléicos tem confirmado as semelhanças anatômicas e embrionárias já verificada entre certos organismos. Um exemplo é a comparação da sequência de aminoácidos do citrocomo c, uma proteína com pouco mais de uma centena de aminoácidos, presente na maioria das espécies.
•A origem de novas espécies
De acordo com a teoria da evolução, toda espécie surge de uma espécie ancestral por um processo denominado especiação. como esse processo demora muito tempo, no mínimo alguns milhares de anos, ele nunca foi observado diretamente. Sua ocorrência, entretanto, pode ser deduzida pela análise comparativa de espécies atuais e de fósseis, e do conhecimento dos genes nas populações. Os processos evolutivos que levam a mudanças adaptativas dentro de uma espécie contituem a anagênese. Por outro lado, os biólogos afirmam que a principal maneira de formação de novas espécies é a cladogênese, também chamada especiação por diversificação. Admite-se que esse processo tem início com o isolamento entre populações de uma espécie ancestral, de modo que os individuos das populações isoladas não possam mais se cruzar. As diferenças acumuladas entre as populações isoladas podem tornar-se tão grandes que os indivíduos de diferentes populações perdem a capacidade de se cruzar. Com basa nisso, diz-se que as populações apresentam isolamentoreprodutivo.